One Day

Acusou-me, uma pessoa que não mencionarei porque a tenho demasiado em conta, no entanto seguidora fervorosa deste blogue, de não ter fotografias!
Escandaloso!
Remeti a pessoa em questão para a primeira entrada.
Ainda assim, as acusações não foram retiradas.

É certo e sabido que as pessoas adoram imagens e blogues cheios de imagens retiradas de outros blogues repletos de imagens, cujas origens são já desconhecidas, sem legendas nem fundamentações.
Os que fazem as selecções e alimentam esses blogues sentem-se altamente interessantes por não porem legendas e manterem uma espécie de universo roubado secreto, os que vêm esses blogues ficam na mesma, porque não conseguem destrinçar qual a origem dessas imagens, em quase tudo semelhantes a todas as outras imagens dos outros blogues e tumblrs desta vida.
Em último reduto, copia-se a fotografia para o computador para ver o nome do ficheiro e tentar resolver as dúvidas...

Nada disto me incomodaria se as imagens dos front rows, festas, ruas da Europa, florestas (ultimamente muito em voga), paraísos pejados daquela praga que é a arte urbana, collants rasgados, cabelos oxigenados, óculos de massa, sapatos de segunda mão, falsificações de Wayfarers, viagens que nunca foram feitas... Nada isto me incomodaria se quase todas estas invocações não fossem roubadas.
Custa-me pensar nestes meta-universos construídos por pessoas que não estão felizes com as suas existências e roubam as outras em seu benefício.

A minha Mãe ensinou-me que não se anda pela vida a roubar identidades...

E dada a frequência com que vejo esses blogues a brotar, quais míscaros em vales húmidos, fico ainda mais confusa.

A über moderna cultura visual de mais de metade da população que se pavoniea no Chiado é inversamente proporcional à sua abertura de espírito, pelo que, quando passa algum indivíduo que foge a tudo o que a Katyzinha descreve nas suas críticas de moda, os comportamentos provincianos agigantam-se.

Esta entrada, repleta de imagens, é dedicada a todos os que me estão a odiar, desde já, pelo que disse nos parágrafos anteriores, porque se pudesse andar pelo Chiado sem que tivesse de ouvir todo o tipo de coisas quando ando de salto alto e tenho - em modo temporário - mais de 1,80m, ou quando ponho um par de óculos de sol da minha colecção vintage, ou quando opto por um par de calções mais curtos, era assim que eu me vestia: DO FUTURO.

Como diz a pessoa que motivou a feitura desta entrada, "(...) Barrios, o vintage cheira sempre a vintage(...)".

Eu não sei, porque não tenho olfacto.








Por ordem:

Maison Martin Margiela Wig Coat; Hussein Chalayan Body Block; Hussein Chalayan Swarovsky Crital Palace; Anna Figuera Delgado e Macarena Ramos Buil, designers da marca catalã El Delgado Buil; Maison Martin Margiela Elastic Blazer; Maison Martin Margiela Transparent Shoes.