FELIZ NATAL
O Natal.
Não sei se tenho grande opinião formada sobre o mesmo.
É sempre esquisito e macabro.
Está sempre recheado de sentimentos contraditórios e de gente e de esperanças e de apocalipses e de renovações vazias.
Está sempre recheado de desesperos.
E é por isso que o Perú devia ser apenas metafórico.
Não tenho grandes desejos Natalícios.
Houve anos em que desejei imenso qualquer coisa pelo Natal.
Este ano desejo apenas continuar a ser quem sou.
Longe do Natal sugestivo e muito sexy sugerido por toda a gente que domina a moda, apenas tenho a dizer-vos que tudo isso é tanga.
Está frio.
Fica-se em casa.
No meu caso, não é possível usar nada de muito sensualão, porque está muito frio, e enterrar saltos altos na lama não é trash dado o contexto em que me insiro.
Os meus Natais têm a família e algumas pessoas extrenas, normalmente estrangeiros deslocados ou amigos que não têm família e o expoente máximo é quando vamos à Missa do Galo e o Padre despacha tudo em menos de um fanico para que possamos disfrutar da sua fogueira no Largo da Igreja e do Vinho do Porto que insiste em oferecer aos fiéis.
Esta fotografia com que vos presenteio tem uns 16 ou 17 anos.
Último Natal nessa casa.
O Manton de Manila na parede, o sumptuoso Presépio, a gigantesca Árvore de Natal, e Eu.
Funny Oversized Sweater, Skinny Jeans e cara de pouquíssimos amigos.
Continuo igual.
E é assim que vou passar o Natal.
Igual.
É como Vos digo:
Absolutamente longe do que pode ser o Natal ou de qual o seu significado para os meus concidadãos, é um época em que o Mundo fica mais sensível e em que tudo nos acaba por cair em cima, quer o desejemos, quer não.
Embora adore surpresas, algo me diz que não vou contar com nenhuma.
Já me enchi de presentes de Natal este ano.
A TODOS, UM BOM NATAL.