Por acaso, num texto que escrevi por acaso há uns três anos, decidi que alguém ia para a Birmânia tentar salvar o mundo.
Tudo por acaso.
Esse texto, por acaso, deu origem a outro texto e ao meu primeiro espectáculo sozinha e por acaso tive de me debruçar imenso sobre a Birmânia.
Não há informação quase nenhuma sobre a Birmânia.
E as referências foram o Rambo IV, um guia fotocopiado que um amigo da minha Mãe (que já visiou a Birmânia quatro vezes) me emprestou, vídeos do youtube, bandas e uma editora chamada Tian An Men 89 e pouco mais.
Mais uns vídeos, um mapa de Rangoon, outro de Mandalay, o Rudyard Kipling, a Danionella Drácula, o Filipe de Brito e Nicote, os Moustache Brothers, Shwedagon...
A investigação foi duríssima e muito difícil.
A narrativa não.
Sucede que conseguimos (porque a certa altura pedi ajuda) viajar pela Birmânia de forma muito verosímil.
Houve quem pensasse que tínhamos mesmo ido à Birmânia.
Isto já foi em 2009.
Mas, de tempos a tempos, atravessam-se Birmânias aqui e ali, e um amigo do Panamá mandou-me este vídeo porque pensou em mim quando o viu.
Vídeo de skate e Birmânia.
Documentário modesto e não sei quê.
Os gajos andaram exactamente pelos mesmos sítios que eu.
E eu fiquei outra vez com vontade de lá ir.